
A Maratona Cinematográfica do FAM 2025 iniciou nesta sexta-feira (5), no Majestic Palace Hotel
O cronômetro já começou a contar as horas para a produção dos filmes do Projeto Rally Panvision - edição Floripa 2025, que integra a programação do 29º Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul - FAM 2025. Os 30 selecionados de diferentes idades e nacionalidades participam da imersão de 100 horas que vai resultar em cinco curtas-metragens que serão exibidos na Noite de Premiação do Festival, dia 10.
Na parte da manhã, os participantes começaram a chegar no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis, para a abertura desta 7ª edição, em clima de entusiasmo. Denizeli Cardoso tem 60 anos e veio de Porto Alegre. Ela, que trabalha com produção na área de artes cênicas e exercerá a mesma função no curta, vê a experiência como uma grande oportunidade. “Eu estou voltando, desde a pandemia, para a produção de audiovisual. Estou me reinventando. Eu estou gostando muito daqui, que é um pessoal jovem. Então eu vim com grandes expectativas. Até por essa grande rede, que é da América Latina toda”, disse ela. A tutora Joyce Prado, que é diretora e roteirista, em sua fala de apresentação, destacou a diversidade etária do grupo: “É sobre encontrar gerações”.
Outros dois tutores irão acompanhar e orientar os participantes durante a imersão: Ricardo Kenski, que tem experiência profissional em diversos canais como MTV e HBO, também coordenador do Projeto Rally Panvision - edição Floripa 2025; e Spike Luu que é produtor audiovisual, além de diretor e roteirista. Uma novidade deste ano é a presença de um mentor, o sociólogo e cineasta boliviano Iván Molina, que também é tutor no projeto 100/100, do Festival FENAVID na Bolívia, parceiro do FAM, que inspirou o Projeto Rally Panvision. “O que vamos fazer nas próximas 100 horas é criar uma nova América Latina”, disse o Iván Molina, destacando a força e o poder do cinema de unir nações.
Com selecionados de oito países latino-americanos, o projeto é uma oportunidade de intercâmbio cultural, com trocas valiosas em diferentes idiomas. Karen Lizeth é colombiana, está pela primeira vez no Brasil e diz estar feliz: "Pois o festival é uma aproximação não apenas da imagem, mas também do humano e a uma linguagem que desconhece fronteiras".
Alguns participantes já fizeram parte de outras maratonas, inclusive do Projeto Rally Panvision - edição São Chico, no Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul - FALA São Chico. Porém, essa é a primeira vez de todos na imersão realizada em Florianópolis.
No começo da tarde, as equipes foram anunciadas, destacando o caráter coletivo do cinema. Foram formados cinco grupos de seis participantes. Cada integrante tem uma função diferente: direção; direção de fotografia; produção; montagem; som; e atuação. Logo na sequência, o diretor executivo da Panvision, Tiago Santos anunciou o tão esperado tema desta edição, que será Hay que caminar liviano de equipaje, uma homenagem à Malcon Moroz, colaborador dos festivais realizados pela Associação Cultural Panvision que faleceu esta semana. “Curitibano mochileiro, guerrilheiro”, Tiago o descreveu.
A primeira das seis palestras foi ministrada por Rosa Caldeira, cineasta trans, que falou sobre Roteiro e Direção. O dia ainda contou com palestras que trataram dos temas Produção, por Joyce Prado, e Atuação, por Sandro Maquel.
As 100 horas começaram a valer oficialmente às 15h, a Hora Zero. O anúncio foi feito pela diretora-presidente da Panvision, Marilha Naccari. Os participantes agora têm o desafio de produzir um filme em um tempo curto e limitado, “trazendo a guerrilha de volta”, como pontuou Ricardo Kenski. As obras devem ter até cinco minutos e devem ser pensadas com recursos de acessibilidade.
A programação intensa seguirá nos próximos dias. No sábado, os grupos terão palestras sobre Som, com o italiano Stefano Vaccarino, Direção de Fotografia, com Edison Fattori, e Montagem, com Tiago Santos. No final do dia, passadas 24 horas do início da maratona, eles irão apresentar as ideias de projetos aos tutores.
O domingo será dedicado às filmagens. Na segunda-feira os grupos iniciam o processo de edição e, na terça-feira, devem finalizar os curtas e entregá-los até às 19h.
Os filmes produzidos no Projeto Rally Panvision - edição Floripa 2025 serão exibidos no dia de encerramento do FAM, 10 de setembro, em uma Mostra Competitiva própria, concorrendo ao Troféu Rally Panvision. Cada integrante do grupo vencedor também irá ganhar um curso on-line do PluralTec e uma assinatura do Plano Vip da Transforma Plataforma Audiovisual. Além disso, todos os participantes irão receber certificados de participação e terão 50% de desconto nos cursos destes parceiros.
Consulte classificação indicativa e medidas de acessibilidade para as diversas atividades.
O 29º Florianópolis Audiovisual Mercosul – FAM 2025 é um projeto cultural produzido através da lei de incentivo à cultura. Tem o apoio da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, Prefeitura Municipal de Florianópolis, através do Edital especial Lei Paulo Gustavo e do Prêmio Catarinense de Cinema, Fundação Catarinense de Cultura, Governo do Estado de Santa Catarina e Programa Ibermedia. Patrocínio ANCINE - Agência Nacional do Cinema, Itaú Unibanco e Sebrae. Patrocínio Master Petrobras. Realização Associação Cultural Panvision, Ministério da Cultura, Governo Federal, União e Reconstrução.